O coletivo “Teatro da Gioconda” foi fundado em 1999 por atores que na época eram estudantes da EAD – Escola de Arte Dramática / USP, que formaram um núcleo paralelo de experimentação artística e criação de espetáculos. Com o objetivo de se firmar pelo trabalho de pesquisa voltado para dramaturgia inédita, o coletivo teve diversos formatos. Espetáculos tanto para crianças quanto adultos tiveram o reconhecimento com indicações e diversos prêmios (APCA, FEMSA, Prêmio Funarte de Dramaturgia, PROACs, etc) e nos festivais onde se apresentaram.
A partir de 2009 passou a ocupar a Casa da Gioconda, sendo ponto de cultura até 2012. Desde então, tem se firmado como um local de encontro de artistas para ensaios, leituras abertas e pesquisa de nova dramaturgia. Em 2021 completa 12 anos de existência como espaço físico e 22 anos como espaço de criação. Hoje, a Casa trabalha com dezenas de atores que frequentam o espaço em atividades ensaio, produção, leituras, pesquisas, palestras e oficinas. Nesses anos estabeleceu uma troca com o entorno da Casa, revitalizando o trecho da rua e trazendo mais condições de iluminação e segurança.
Em 2017 um processo de pesquisa cênica, direcionada a jovens atores, originou o GEAC (Grupo de Estudos das Artes Cênicas), dirigido por Alexandre Meireles. Não distante disso, a Casa tem se mantido aberta, para receber artistas em pequenas mostras de leitura, com textos de Milton Morales Filho e, também, de outros autores. Em 2019, Alexandre Meirelles produziu através da parceria entre a Casa da Gioconda e a XyZ Produções Artísticas, o espetáculo “Bairro Caleidoscópio”, com direção de Marcela Piccin, que estreou na Casa, naquele ano e, depois, seguiu em temporada breve em outros equipamentos culturais da cidade. Oficinas, em diversas áreas artísticas e coordenadas por Alexandre Meirelles, também foram desenvolvidas no espaço para promover o crescimento e aperfeiçoamento de profissionais do teatro. No mesmo ano, após as apresentações de “Bairro Caleidoscópio”, a Casa fechou para fazer uma reforma das instalações físicas e adequação de seu espaço, com recursos próprios, a fim de oferecer mais conforto e total acessibilidade aos seus visitantes. Passado o período da reforma, a Casa voltou a investir nas suas pesquisas, com a dramaturgia inédita de Milton Morales Filho: “Bixiga, A Saracura Piou”, “5:5:50”, “4:4:40” e “O Polígono”, todos eles elaborados nos últimos 2 anos. A temática presente nestes textos sempre faz levantamentos sobre a história, a memória e traz questionamentos tão pertinentes à situação atual da cidade e do país, que é inquestionável sua relevância e sua contribuição para a reflexão a respeito da realidade em que vivemos. Em 2020, durante a pandemia, recebeu apoio do Edital de apoio a espaços independentes da cidade de São Paulo e da Lei Aldir Blanc, inciso II, Subsídios territórios/ espaços culturais.
2020 / 2021
Completou 11 anos de existência como espaço físico e 21 anos como espaço de criação. Hoje, a Casa trabalha com dezenas de atores que frequentam o espaço em atividades ensaio, produção, leituras, pesquisas, palestras e oficinas. Nesses anos estabeleceu uma troca com o entorno da Casa, revitalizando o trecho da rua e trazendo mais condições de iluminação e segurança.
– TRABALHOS DE PESQUISA. Priorizamos continuar com os trabalhos de pesquisa que estavam em andamento durante o período pré pandemia até os dias atuais, com estudos de textos, reuniões de leituras e levantamento do repertório iconográfico dos seguintes processos: “5.5.50 – 5 pessoas num bar, às 5 da tarde, por 50 minutos”; “Infância, Cemitério de Brinquedos”; 4.4.40 – 4 pessoas numa sala de espera, às 4 da tarde, por 40 minutos; “Diálogos – Três Mulheres” e “O Polígono”.
– HISTÓRIAS DE CHUVA. A XyZ Produções e o GEAC encontram-se em plena atividade com as pesquisas sobre o realismo fantástico através de reuniões virtuais entre elenco, equipe criativa e direção para a montagem de releitura (revista e ampliada), deste espetáculo que inaugurou a sede do grupo, em 2009.
2019
– BAIRRO CALEIDOSCÓPIO. Texto de Carlos Gallegos com atuação de Thiago Carreira e direção de Marcela Piccin. O texto inédito no Brasil e de autoria do equatoriano Carlos Gallegos, teve a tradução de José Maria Freixa e duas temporadas de sucesso, sendo uma delas na Casa da Gioconda.
– OFICINAS DE TEATRO PARA ATORES. Dança Contemporânea – O CORPO DO INTÉRPRETE, com Alex Merino; Canto e Expressão Musical – A VOZ DO INTERPRÉTE, com William Guedes; Yoga para atores – RESPIRAÇÃO, AÇÃO E MEDITAÇÃO, com Ivana Gomes.
2018
– OFICINA LIVRE DE TEATRO – SER-ARTISTA-HUMANO.
– A.B. CENAS PAULISTANAS. Texto e direção de Milton Morales Filho. Projeto vencedor do Edital 34/2015 do Programa de Ação Cultural “Concurso para Bolsa de Incentivo à Criação Literária do Estado de São Paulo – Texto de Dramaturgia”. Temporada de ensaios abertos: 07 de abril à 26 de maio/2018, na sede do grupo.
– MOSTRA ABERTURA DE PROCESSOS – CASA DA GIOCONDA. Dando sequência ao nosso compromisso de formação de público, produzimos a mostra de abertura de processos com textos que estavam em fase final de produção e que visavam a estreia no próximo ano (2019). Convidamos as seguintes montagens para comporem a mostra: AMOR MANIFESTO, HISTÓRIAS DE CHUVA e BAIRRO CALEIDOSCÓPIO. Todas as apresentações com sessões lotadas e bate papo no final com a presença dos elencos e suas respectivas equipes.
– LOCAÇÃO DO ESPAÇO. Ensaios dos espetáculos: A MILIONÁRIA e A VISITA DA SRA WARREN, ambos de Bernard Shaw e direção de Thiago Ledier e Marco Antônio Pâmio, respectivamente e produzidos pelo Círculo de Atores; Espetáculo ZOO STORY de Edward Albee com o Teatro da Ponte e a companhia carioca Epigenia, durante sua circulação de seu premiado espetáculo infantil “Casa Caramujo” quando estiveram em cartaz na capital paulista.
2017
– OFICINA DE TEATRO “O ATOR CRIADOR” – MÓDULO: PEQUENAS DOSES DE TCHEKHOVPEQUENAS DOSES DE TCHEKHOV.
– I CICLO DE LEITURAS DRAMÁTICAS. A ideia de realizar e produzir um ciclo de leituras veio da necessidade de ampliarmos o nosso olhar para novas dramaturgias. Convidamos para este ciclo somente processos que estavam em início de ensaios e pré-produção. O ciclo ocorreu no período de dezembro/2017, na sede da CASA DA GIOCONDA, com sessões lotadas e bate papos ao final de cada leitura.
– GEAC. Com coordenação artística de Alexandre Meirelles, no segundo semestre deste ano surge o Grupo de Estudos de Artes Cênicas, cuja proposta era criar um grupo de atores profissionais com foco na experimentação e investigação – aliado aos questionamentos das diversas linguagens cênicas – construímos um espaço destinado à pesquisa, ao aprofundamento das práticas e reflexões sobre o teatro, visando proporcionar aperfeiçoamento artístico e humano dos artistas envolvidos neste processo de pesquisa.
2016
– A casa reabre como espaço de ensaios para diversos grupos criarem seus processos artísticos.
2013-2015
– A casa da Gioconda ficou fechada para reformas
2012
– Estreia O EMPINADOR DE ESTRELA, finalista do prêmio FEMSA nas categorias dramaturgia e trilha sonora.
2011
– Estreia de OS OLHOS DE NEBUL, espetáculo para todas as idades, prêmio Proac de Produção Inédita de Espetáculo (2009).
2010
– Estreou BLUME-ZOOF, O HOSPITAL DE BRINQUEDOS, espetáculo para crianças, inspirado no livro “Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação”, de Walter Benjamin.
– RUBIÃO, espetáculo para jovens e adultos a partir do autor Murilo Rubião.
2009
HISTÓRIAS DE CHUVA projeto composto por duas peças interligadas, porém, independentes entre si. Através da montagem de um espetáculo adulto (Histórias de Chuva) e outra infantil (Histórias de Chuva – Gênese), inauguramos a nossa casa.
– Histórias de Chuva – Gênese: ficou entre os finalistas no Concurso de Dramaturgia do CEPETIN : Centro de Pesquisa do Teatro Infantil / RJ.
– Contemplado com o Prêmio de Incentivo ao Teatro Paulista.
– Três indicações ao Prêmio FEMSA 2009, sendo Melhor Dramaturgia, Melhor Trilha Original e Melhor Iluminação.
– Indicado como Melhor Espetáculo Infantil no Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro.
Temporadas fora da Casa da Gioconda: Teatro João Caetano; Centro Cultural São Paulo; FESTIVALE – Festival de Teatro de São José dos Campos; Mostra de Teatro Infantil de Salto/SP.
– História de Chuva: Prêmio de Incentivo ao Teatro Paulista.
– Estreou no Cultura Inglesa Festival o espetáculo ENJOY! premiado como melhor espetáculo infantil do festival.
2008
Estreia o espetáculo-solo de Milton Morales Filho – INFÂNCIA, O CEMITÉRIO DE BRINQUEDOS, cuja remontagem estamos pleiteando neste projeto em sua 32ª Edição. Este monólogo aborda a relação entre infância e a vida adulta.
– Temporada no Espaço dos Satyros 1, nos anos 2008/2009.
2006
Com esse conceito estreamos O CADARÇO LARANJA neste ano. No espetáculo, os elementos fantásticos abriam margem para a discussão do próprio conceito de tempo. O estudo sobre tempo e espaço nos levou às descobertas da física quântica e a mudança de seus paradigmas. E a partir deste universo passamos a estudar o realismo fantástico latino-americano de autores como: Cortázar, Gabriel Márquez e Murilo Rubião.
– Temporadas: SESC Consolação; SESC Pompéia; Teatro Municipal de Araras; Auditório Cláudio Santoro, em Campos do Jordão; Teatro Cultura Inglesa – São Paulo; Teatro Arthur Azevedo, em São Paulo.
– Prêmio FEMSA – Melhor Ator Coadjuvante. Finalista como Melhor Dramaturgia e indicado nas categorias: Melhor Espetáculo, Dramaturgia, Direção, Música, Figurino e Ator.
– Mostra SESI de Teatro Infantil.
– Festival Nacional de Teatro de Piracicaba – Melhor Espetáculo (júri popular); Melhor Ator e Melhor Figurino.
– Festival de Teatro de Campos / RJ.
– Projeto Recreio nas Férias – Prefeitura Municipal de São Paulo.
– Festival Nacional de Teatro Infantil – Blumenau/SC.
2004 / 2005
Estreia o espetáculo O DETECTOR DE SACIS. Uma brincadeira “pós-mecanicista” de uma figura de nossa cultura popular num ambiente urbano contemporâneo, usando elementos do realismo fantástico. Foi a estreia do primeiro espetáculo voltado ao público infanto-juvenil. E o conceito filosófico deste projeto foi: “um adulto na plateia de um espetáculo infantil não é a pessoa que leva a criança ao teatro”, mas também um espectador que deve fruir o espetáculo.
– Menção Honrosa na 3ª. Edição do Concurso FUNDACC de Dramaturgia na Categoria Infantil.
– Em 2005: temporadas no Centro Cultural São Paulo (estreia); Teatro Sérgio Cardoso; Memorial da América Latina.
– XIII Mostra de Teatro do Monte Azul.
– Festival Nacional de Teatro – Pinda / SP (FESTE), vencedor nas categorias: Melhor Diretor, Melhor Ator Revelação: Daniel Infantini, Melhor Sonoplastia e Melhor Espetáculo (2º. Lugar).
– Em 2006: SESC São Caetano, Clube Paineiras, Clube Atlético Paulistano, Feira de Arte – Teatro Vento Forte; Festival Nacional de Teatro Infantil – Blumenau / SC; Projeto Recreio nas Férias (2 edições).
– Em 2007: Projeto Recreio nas Férias e Teatro Municipal de Barueri.
– 2008: Mostra SESI de Teatro Infantil.
– 2009: Apresentação no Tribunal Regional do Trabalho (Evento Cidadania).
2003
A companhia foi convidada para participar do evento “Paulicéia Desvairada” na PUC-SP sobre Mário de Andrade. Esse espetáculo deu origem ao espetáculo MARIO110/SP450. Abordava sobre o passado recente sobre o olhar crítico e poético de Mario de Andrade sobre a cidade de São Paulo nos anos 30/40.
– PUC-SP (Projeto Paulicéia Desvairada).
– Teatro Sérgio Cardoso.
– Espaço CUCA da UNE.
2001
Com uma imersão na história do Brasil, indo além do universo popular da peça anterior e investigando as raízes da formação do povo brasileiro. A montagem de AS DEZ PALAVRAS, foi um estudo de nossa brasilidade a partir dos mitos de criação presentes em nossa cultura. A peça abordava desde o mito da criação indígena Mavutsinin ao Big Bang, o mito da criação científica passando pela realidade de nossa herança africana e o deboche do tropicalismo.
– Prêmio SESI Novos Talentos.
– I Mostra Rio-SP de Teatro / Paraty-RJ.
– Curta Temporada no SESC Consolação.
– Teatro de Arena Eugênia Kusnet.
– X Mostra de Teatro Monte Azul.
– Teatro Carlos Miranda – Funarte / SP.
– Casa das Rosas / São Paulo.
– Sala Guiomar Novaes – Funarte / SP.
– Reflexos de Cenas – Projeto SESC-SP
1999
A companhia nasce com a estreia de dois espetáculos: A FARSA DA AMANTE MAL-AMADA, uma adaptação de A Moral Cotidiana de Mário de Andrade e MARIAS DO BRASIL, uma montagem a partir do processo colaborativo, sobre o universo feminino e cultura popular.
A Farsa da Amante Mal-Amada: Projeto Artes na Rua (São Paulo); Festival Universitário Latino Americano de Blumenau / SC; Escola de Arte Dramática da USP / SP
Marias do Brasil: VIII Festival de Teatro da USF – Bragança Paulista: Prêmio de Melhor Atriz e Melhor Iluminação; Escola de Arte Dramática da USP / SP; Centro Cultural Monte Azul / SP; Centro Cultural Serraria – Diadema / SP; Teatros Municipais das seguintes cidades: Barueri, Botucatu e São Bernardo do Campo; Estúdio Nova Dança (Projeto Terças de Dança).